HISTÓRIA DA GRÁFICA

04/03/2011 12:46
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  Fundada em 18 de junho de 1965, a Abigraf é a entidade de classe que representa aproximadamente 20 mil empresas, que formam o parque gráfico nacional. Por meio de suas 20 representantes regionais, a Abigraf abrange todo o território nacional.

 

Sua sede, localizada na capital do Estado de São Paulo, abriga também a Abigraf Regional de São Paulo, o Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo (Sindigraf-SP), a Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG) e a Associação Brasileira da Indústria de Formulários, Documentos e Gerenciamento da Informação (Abraform).

 

O sistema associativo Abigraf se completa com a vinculação a 56 associações de empregadores e às Federações das Indústrias de cada Estado brasileiro, sendo estas, por sua vez, ligadas à Confederação Nacional da Indústria (CNI), na qual a Abigraf representa o setor, na figura de seu presidente executivo.

 

A indústria gráfica no Brasil

 

Foi em 1808 que o Brasil teve sua primeira gráfica oficialmente instalada. Era a Imprensa Régia, implantada no Rio de Janeiro por D. João VI. Atualmente, o setor representa 1% do PIB brasileiro e 5,8% do PIB industrial, sendo responsável pela geração de mais de 200 mil postos de trabalho diretos.

 

1808
O setor gráfico chega ao Brasil. Por decreto régio, foi oficializada a implantação da tipografia no País. 1923 - Em 17 de fevereiro, um grupo de comerciantes e industriais gráficos funda a Associação dos Industriais e Comerciantes Gráficos de São Paulo.

 

1922
A gráfica carioca Companhia Lithographica Ferreira Pinto adquire a primeira máquina de offset do Brasil.

 

1924
O offset chega à São Paulo pela Graphica Editora Monteiro Lobato, que mais tarde passaria o equipamento à São Paulo Editora. No mesmo período, chegam também as máquinas da Companhia Lithografica Ypiranga e da Litografia Artística. 1926 - A Editora Pimenta de Mello & Cia. imprime Cinearte, a primeira revista brasileira em offset.

 

1928
O jornal O Estado de São Paulo lança, em 17 de maio, o primeiro suplemento impresso em rotogravura. Três anos mais tarde (em 1931), o jornal paulistano A Gazeta também iniciaria a impressão com o sistema.

 

1931
Em função das leis sociais que começavam a aparecer no Brasil, a Associação dos Industriais e Comerciantes Gráficos de São Paulo transforma-se no Sindicato dos Industriais e Comerciantes Gráficos de São Paulo. Mais tarde, os Sindicatos da Indústria de Encadernação e da Gravura incorporam-se a ele.

 

1939
Instituição do Imposto Sindical, também denominado Contribuição Sindical, cujo objetivo é confirmar a verdadeira adesão legal de todos os componentes da categoria econômica ou profissional e satisfazer o ônus decorrente da representação da categoria.

 

1940
Em abril, o presidente Getúlio Vargas edita o decreto nº 2.130, que eliminou as oficinas gráficas de todos os órgãos públicos, incorporando-as à Imprensa Nacional. 

 

1942
Criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

 

1944
Depois de dois anos de fundação, em 12 de fevereiro, o Sindigraf-SP é reconhecido oficialmente por lei. Sua criação se deu para congregar associações dispersas de tipografias, encadernadores e impressores, a fim de trazer representatividade à classe dos empresários gráficos.

 

1945
Em outubro é instalada a Escola de Artes Gráficas Senai Felício Lanzara, com a colaboração dos Sindicatos das Indústrias Gráficas e das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas do Estado de São Paulo.

 

1949
O Sindigraf-SP lança o primeiro número do Boletim da Indústria Gráfica.

 

1950
A Companhia Litográfica Ipiranga instala um moderníssimo equipamento para imprimir no Brasil o primeiro número da revista Seleções.

 

1958
Juntamente com a posse da diretoria eleita, tendo Theobaldo de Nigris novamente como presidente, foi inaugurada oficialmente, em 24 de junho, a nova sede do Sindigraf-SP.

 

1959
É realizado o primeiro Jantar de Confraternização da Classe Industrial Gráfica, com 65 participantes, o que acabou tornando-se uma prática do Sindigraf-SP. É fundada a Associação Brasileira de Técnicos Gráficos que, mais tarde, mudaria a razão social para Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG).

 

1961
Editorial do Boletim da Indústria Gráfica critica o governo que, no final do ano anterior, havia importado máquinas para a fabricação de cadernos para integrar uma oficina gráfica do Ministério da Educação e Cultura. O texto critica a importação e a concorrência desleal do governo. 

 

1962
Tem início a campanha pela ampliação da Escola de Artes Gráficas, mediante entendimentos com a diretoria do Senai.

 

1963
Assembléia Geral aceita a proposta do Sindigraf-SP de aumentar de três para sete os membros da direção da entidade. A proposta também é aceita pelo Ministério do Trabalho.

 

1965
Realização do I Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica, em Águas de Lindóia (SP), e constituição da Abigraf.

 

1966
II Congresso Nacional da Indústria Gráfica, realizado na Guanabara (RJ). Além de industriais gráficos de todo o país, comparecem delegações do México, Uruguai e Argentina, totalizando 500 participantes.

 

1967
Realização do I Salão das Artes Gráficas, em São Paulo (SP), com a presença de vários expositores da indústria gráfica. Em outubro, é fundada a Regional Abigraf do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Criada a Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf), durante o I Congresso Latino-Americano da Indústria Gráfica, em Mar del Plata (Argentina). A entidade teria, posteriormente, três presidentes brasileiros: Theobaldo De Nigris (1969/1970), Sidney Fernandes (1985/1986) e Max Schrappe (2001/2004 ).

 

1968
É realizada a 1ª Assembléia da Conlatingraf, em Caracas, Venezuela. É fundada a Regional Bahia-Sergipe, com sede em Salvador. É realizado o II Salão de Artes Gráficas, Papel e Celulose. Instalada a Regional paulista da Abigraf.

 

1969
Construção e Instalação da Escola Técnica Nacional de Artes Gráficas, criada pelo MEC em convênio com o Senai. Inaugurada a Regional da Abigraf, em Pernambuco. Realização, em Belo Horizonte, do III Congresso Nacional da Indústria Gráfica e do II Congresso Latino-Americano da Indústria Gráfica, na Cidade do México.

 

1970
Instalação da Regional Abigraf no Ceará.

 

1972
Fundada a Regional Abigraf de Goiás.

 

1973
Realizado, no Rio de Janeiro, o IV Congresso Latino-Americano da Indústria Gráfica, que teve a participação de mais de 300 empresários de vários países.

 

1975
A Abigraf comemora dez anos de fundação. Neste ano, são lançadas a Revista Abigraf e a Fiepag (Feira Internacional de Embalagem, Papel e Artes Gráficas), fazendo a fusão dos salões de embalagem e artes gráficas realizados anteriormente.

 

1980
Surgem, dentro da Abigraf, os Grupos Empresariais, que fornecem informações sobre segmentos específicos do setor, além do primeiro consórcio de exportação. O setor enfrenta o problema da bi-tributação com ICM e ISS. É iniciada uma série de ações para solucionar o problema.

 

1982
A epopéia de mais de dez anos de luta da Abigraf contra a estatização chega ao fim, no âmbito federal: em 26 de janeiro, o presidente João Figueiredo promulga o decreto nº 86.873, proibindo a criação de unidades orgânicas de artes gráficas na administração federal direta e indireta, bem como nas fundações instituídas ou mantidas pela União.

 

1984
O setor gráfico entra na era da informática e continua a luta contra a estatização. Através do decreto federal nº 86.873 e de outros vigentes nos Estados do Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e no Distrito Federal, a liderança do setor gráfico tem conseguido impedir que vigorem muitos projetos de implantação de novas gráficas estatais.

 

1985
A Abigraf comemora seus vinte anos de fundação, enquanto a Revista Abigraf celebra sua centésima edição, trazendo um balanço histórico.

 

1986
Em maio, onze empresas brasileiras participam da Drupa, em Düsseldorf, na Alemanha. Cerca de 800 brasileiros visitam a feira, considerado o evento mais importante do mundo para o ramo gráfico.

 

1987
O empresariado gráfico privado propõe à Assembléia Nacional Constituinte a desestatização da indústria gráfica brasileira. A Abigraf promove a 1ª Feira Nacional de Produtos Escolares, a Escolar 87. Cerca de uma centena de representantes de empresas brasileiras, de diferentes segmentos gráficos, e de entidades civis e governamentais visitaram a Mostra Internacional das Indústrias Gráficas, Editoras, Indústrias de Papéis e Transformadoras de Papéis (GEC'87), em Milão, na Itália

 

1989
O Rio de Janeiro sedia o IV Congresso Mundial da Indústria Gráfica, o World Print Congress (WPC), no qual 33 países estiveram presentes, caracterizando-o como o maior da história.

 

1990
Abigraf comemora seus 25 anos de existência. A Bahia sedia o V Congresso da Indústria Gráfica.

 

1991
A 12ª Fiepag, Feira Internacional de Embalagem, Papel e Artes Gráficas, em São Paulo, bate o recorde do número de expositores: 500. Mais de 200 brasileiros, entre eles os principais dirigentes da Abigraf e da ABTG e representantes da Escola Senai "Theobaldo de Nigris" participam da Print 91, em Chicago, nos Estados Unidos. Na Venezuela, acontece o XIII Congresso Latino-Americano de Artes Gráficas, além do Primeiro Concurso Latino-Americano de Produtos Gráficos “Theobaldo De Nigris”. É criado o Prêmio de Excelência Gráfica, promovido pela Abigraf e pela ABTG para estimular a qualidade no setor.

 

1992
O Conlatingraf comemora seus 25 anos, durante o V Encontro de Empresários Gráficos do Mercosul e do Pacto Andino, realizado em Assunção, no Paraguai.

 

1993
A Abigraf encomenda à ABTG o estudo e a elaboração de normas setoriais que serão emitidas no âmbito da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Junto com a ABTG, a Abigraf também faz de 1993 o Ano da Qualidade e Produtividade na Indústria Gráfica Nacional. Em Nova Delhi, na Índia, acontece o 5º Congresso Mundial da Indústria Gráfica, com participação significativa do Brasil. A Revista Abigraf recebe o Prêmio Aberje Brasil 93, na categoria de Publicação Técnica.

 

1995
O Prêmio de Excelência Gráfica recebe o nome de Fernando Pini.

 

1996
A Abigraf lança o Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica.

 

1998
A Abigraf conquista a inclusão de 72 itens de bens de capital na relação dos que podem ser importados com tarifa diferenciada de 5%. Criação do Curso Superior de Tecnologia Gráfica. Inauguração do novo edifício-sede da Abigraf, na capital paulista. A Revista Abigraf recebe o prêmio Benny, durante a PIA (Printing Industries of America). A fim de fortalecer as gráficas do Interior, a Abigraf Regional de São Paulo promove o Epigraf (Encontro Paulista da Indústria Gráfica), em Ribeirão Preto.

 

1999
O Brasil recebe 40 prêmios no concurso de qualidade gráfica da PIA, enquanto a Abigraf marca presença em eventos como Bienal do Livro do Rio de Janeiro e Salão Internacional do Livro de São Paulo. São realizadas as assembléias do Conlatingraf, a Graphics of the Americas, em Miami, o Salão do Livro de Paris, o Comprint International, a feira Escolar, em São Paulo, o Printgraph Nordeste e a Fiepag/Converflex, dentre outros eventos do setor.

 

2000
A Abigraf completa 35 anos de existência. É realizada a Drupa 2000, com a presença de mais de quatro mil profissionais brasileiros. São Paulo passa a sediar uma das seis unidades mundiais da Print Media Academy, da Heidelberg, junto à Escola Senai de Artes Gráficas Theobaldo de Nigris e à Faculdade Senai de Artes Gráficas.

 

2001
A Abigraf Nacional assume como meta prioritária a construção de uma imagem para a entidade, com trabalhos voltados aos associados, clientes, governo e formadores de opinião. Criado o Departamento de Marketing. A Regional São Paulo dirige suas atenções para as micro e pequenas empresas, além de buscar a interiorização da entidade.

 

2002
O Sistema Abigraf concentra esforços na execução de seu Planejamento Estratégico. Ações de marketing até então inéditas são criadas, como peças publicitárias específicas para cada realização do Sistema, bem como a modernização de todas as logomarcas. A entidade amplia sua representatividade político-institucional e o relacionamento com autoridades governamentais. É elaborado o Guia do Papel Imune para combater o uso irregular deste insumo.

 

2003
Durante a realização do Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica (Congraf) são aprovados os novos estatutos do Sistema Abigraf. Representes de todas as entidade que integram o Sistema reúnem-se com o vice-presidente da República, José Alencar, a fim de pleitear soluções para os problemas do setor. A Abigraf atingiu seus objetivos no trabalho junto ao Senado visando alterar a redação do Projeto de Lei nº 161/89 que trazia para o âmbito do ISS a impressão gráfica em geral. Também obteve sucesso na campanha pela revogação da concorrência para instalar uma gráfica dentro da Câmara dos Deputados.

 

2004
Depois de crescer apenas 2,58% em 2003, a indústria gráfica reage e encerra 2004 com 10% de expansão, atingindo faturamento global acima de US$ 5 bilhões, contra US$ 4,5 bilhões no ano anterior. O nível de emprego no setor subiu 4,14% entre janeiro/outubro, enquanto que as exportações brasileiras de produtos gráficos em 2004 tiveram um crescimento de 2,88% em relação a 2003, alcançando US$ 193,7 milhões.

 

2005
Nesse ano a Abigraf Nacional comemorou seu aniversário de 40 anos. Houve um grande evento no Buffet França, em São Paulo, que contou com a presença de cerca de 450 convidados e teve como ponto alto o lançamento do livro "Abigraf 40 anos", obra que relata a trajetória da entidade desde a sua criação. Também nesse ano, o presidente da Abigraf Nacional e do Sindigraf-SP, Mário César de Camargo, foi eleito Graphic Arts Leader of The Americas 2005 (Líder Gráfico das Américas 2005) e também recebeu o Prêmio Conlatingraf-Fiepag Personalidade da Comunicação 2005, láurea dividida com Júlio Luis Saguier, presidente do jornal argentino La Nación.

 

2006
Modernizar e democratizar o Sistema Abigraf tem sido uma clara motivação das atuais lideranças. Em outubro de 2006, a entidade inaugurou mais uma seccional da Abigraf, dessa vez no Rio Grande do Norte.  

 

2007
Em continuidade ao processo de expansão pelo território nacional, a entidade inaugurou três novas Regionais: Sergipe, Paraíba e Amazonas. Nesse ano, pela primeira vez, a Abigraf foi a organizadora do Concurso Latino-americano de Produtos Gráficos Theobaldo de Nigris, promovido pela Conlatingraf, cuja 14ª edição realizou-se no Guarujá, em São Paulo. A Associação participou da revisão da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) e na Lista de Produtos da Indústria (PRODLIST), que fundamentam estatísticas produtivas no País.

 

2008
Este foi um ano histórico para as empresas gráficas, quando foram comemorados dois séculos do surgimento da criação da imprensa no Brasil e lançado o livro "200 anos - Indústria Gráfica no Brasil". Foi realizado o 14º Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica (Congraf), em São Paulo, e mais uma edição da Drupa, a maior feira gráfica do mundo, na Alemanha. Mais duas Regionais foram criadas, desta vez no Pará e Alagoas. Institucionalmente, a Abigraf criou a campanha de valorização do papel, com o slogan/selo: "100% dos impressos em papel fabricado no Brasil provêm de florestas plantadas".

 

2009
A criação do “Prêmio Abigraf de Responsabilidade Socioambiental” e o desenvolvimento da “Campanha de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa”, foram duas grandes realizações do ano. Em iniciativa inédita, a Abigraf lançou, em agosto, em parceria com o Sebrae Nacional, o “Estudo Setorial da Indústria Gráfica no Brasil”, um levantamento abrangente e detalhado do perfil do setor no País.

 

2010
Ao concluir mais uma década de atuação em prol do desenvolvimento do setor, a entidade firmou novos acordos de benefícios para os associados e de cooperação técnica com importantes entidades, como o Sebrae Nacional. Em um cenário positivo, de retomada do crescimento da produção, das exportações e da geração de postos de trabalho, a entidade celebrou os 35 anos da revista Abigraf.